Segundo pesquisa realizada pela Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD), a bioeconomia – modelo de produção industrial baseado no uso de recursos biológicos – mobiliza dois trilhões de euros e milhões de empregos em todo o mundo. A Associação Brasileira de Inovação estima que, em território nacional, o setor pode atrair um investimento de até US$ 400 milhões, além de promover mais de 200 mil empregos nas próximas duas décadas.
A bioeconomia tem como objetivo oferecer recursos biológicos para a sustentabilidade nos meios de produção, além de buscar soluções inovadoras que façam uso de práticas que unam a biodiversidade à proteção animal. Para tal, o setor deve investir em fontes fósseis para uma economia de energias mais limpas. Apesar de ainda soar estranho para muitos produtores, a atividade está sendo posta em prática desde 1970 em território brasileiro e foi a responsável por tornar o Brasil o maior e segundo maior exportador e produtor de petróleo no mundo, respectivamente.
O Brasil tem se tornado, ano após ano, um dos líderes da esfera agropecuária e, mesmo em meio à pandemia, os dados apresentados ao setor são prósperos, muito por conta do uso da biotecnologia, responsável por cerca de 57% do total de valor de venda do setor agro no país.
Em 2020, foi lançado o Programa Nacional de Bioinsumos que vai permitir o ingresso da agricultura no bionegócio ao buscar uma forma de integrá-la à práticas mais sustentáveis. Para isso, o uso de processos químicos vai ser substituído pelo uso de recursos biológicos e renováveis. O cenário favorável do bionegócio, entretanto, é traçado pela mudança do setor agro no país, levando em consideração que a prática em questão está estritamente ligada à agricultura brasileira.
Essa associação permite a criação de tecnologias que reduzem as perdas causadas por pragas e problemas climáticos, por exemplo, e, consequentemente, aumenta a produtividade das lavouras, além de possibilitar o desenvolvimento de espécies vegetais mais resistentes.